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Pré-natal e a maratona de exames durante a gestação

Assim que o atraso menstrual acontece, a maioria das mulheres fazem um teste de gravidez de farmácia para verificar a possibilidade da gravidez. Com o resultado positivo vem uma enxurrada de emoções, expectativas, ansiedade, e tudo isso deve ser acompanhado bem de perto por médicos, afinal, um bebê está a caminho! Para garantir a saúde tanto da mamãe quanto do bebê, é preciso iniciar uma rotina de acompanhamento da gestação conhecida como PRÉ-NATAL.

Mas, quais são as demandas e exames que as mamães precisam fazer para garantir uma melhor gestação?

O Ministério da Saúde recomenda que a gestante visite o médico pelo menos seis vezes até o parto, mas a maioria dos obstetras opta por ver suas pacientes com uma frequência maior, uma verdadeira maratona da saúde que preenche os nove meses de gestação.

A frequência das consultas com o obstetra começa com uma por mês, se tudo ocorrer bem, e passa a ser quinzenal a partir do oitavo mês.

Ao iniciar o pré-natal, o primeiro exame que é pedido é o exame de sangue, para verificar possíveis infecções, doenças, anemia, anticorpos, níveis de açúcares, dosagem de hormônios, tireoide e anticorpos entre outros fatores, e verificar o tipo sanguíneo e o fator RH que, caso seja negativo é necessário tomar algumas providências na hora do parto.

É no exame de sangue que verifica-se a presença ou ausência de anticorpos para doenças que podem afetar o desenvolvimento do bebê como: rubéola, toxoplasmose, citomegalovirose.

Juntamente com o exame de sangue, o exame de urina e fezes complementam o quadro de saúde da paciente e mostram eventuais infecções ou perda de proteínas, anemia, parasitas no intestino, enfim, um diagnóstico geral da mãe que possa detectar algum problema para que esta comece o tratamento o quanto antes.

Entre a 5ª e a 8ª semana de gestação o principal exame que o obstetra solicitará é a “Ultrassonografia transvaginal” Após o primeiro ultrassom os papais aprenderão a contar a gestação por semanas e possivelmente saberão qual a DPP – Data Provável do Parto (40 semanas de gestação), que é calculada a partir do “registro” da sua última menstruação. As imagens mostrarão o embrião e o saco gestacional, ainda sem forma, o embrião se parece apenas com uma pequena bolinha.

Já entre a 11ª e a 14ª semana de gestação a “Ultrassonografia da translucência nucal” é o exame que poderá detectar ou não a Síndrome de Down entre outras anomalias. Este exame é feito por meio da medição da nuca do futuro bebê e a presença ou ausência do osso nasal que pode indicar uma alteração cromossômica. Neste exame verifica-se a frequência dos batimentos cardíacos que pode dar aos médicos sinais de possíveis problemas cardíacos. Se tudo estiver bem neste exame, não será necessária a solicitação exames complementares.

O próximo ultrassom é o morfológico, ou seja, verifica a formação dos órgãos do bebê. Ele acontece entre a 20ª e a 22ª semana de gestação e, na maioria dos casos, é possível visualizar o sexo do bebê e os papais podem iniciar o enxoval! Se o aparelho do ultrassom tiver tecnologia 3D, pode-se observar um pouco do rostinho do bebê.

Quando a gestação chega entre 24ª e 28ª semana, o obstetra solicita um exame de diabetes para verificar se a paciente desenvolveu diabetes gestacional, uma doença que requer cuidados especiais durante a gestação até o parto. O exame é conhecido como curva de tolerância glicêmica ou teste oral de tolerância à glicose. No laboratório, a gestante bebe um copo de glicose e depois é submetida a algumas coletas de sangue para análise.

Entre a 34ª e a 37ª semana de gestação é feito um exame para detectar a presença de estreptococo beta-hemolítico por meio de uma amostra de secreção vaginal e outra do reto para rastreio de uma eventual infecção causada pela bactéria estreptococo do grupo B, que pode ser passada para o bebê durante o nascimento e provocar até a morte do recém-nascido. O tratamento, para os casos positivos, consiste na administração de antibióticos para a gestante no dia do parto.

Neste período, o obstetra pede uma outra ultrassonografia, chamada de ultrassonografia do terceiro trimestre que acompanha o tamanho, o peso e a posição do feto. Ele também avalia a maturidade da placenta e a quantidade de líquido amniótico. Pode ser realizado com tecnologia Doppler, um recurso que facilita a detecção de problemas na gestação. O número de ultrassonografias no último trimestre de gravidez depende das necessidades de cada paciente e das escolhas particulares do médico, portanto, esse exame poderá ser feito mais de uma vez.

Mamães com condições especiais tem mais alguns exames acrescidos nesta longa maratona de cuidados durante a gestação!

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